Educação Integral

EDUCAÇÃO INTEGRAL


    
     A Educação Integral tem como objetivo principal resgatar a estima pela Escola e a vontade de lá estar.
     Nossas Oficinas trabalham na perspectiva de atrair cada vez mais o aluno, para o ambiente escolar.
    Oferecemos um variado número de atividades, possibilitando escolha e a descoberta do novo.
Educação Integral - Amor a primeira vista!


Vanesca Matos de Alencar

Coordenadora de Educação Integral - CEF 05 do Guará






      Discurso do Professor Erick Guilhon da Oficina de Língua Portuguesa da Educação Integral do CEF 05 do Guará, por ocasião da apresentação dos trabalhos realizados durante o ano de 2011 à DRE-Guará.


Senhoras e Senhores,


      A Educação Integral é um sonho de muitos intelectuais, pedagogos e defensores da educação. Ela não foi pensada como um meio de saturar as escolas e os alunos com continuadas aulas de propósitos puramente normativos e moldados. Ela é, ao contrário, a tentativa de proporcionar uma inovação na educação e quebrar rígidos parâmetros que engessam a educação pública no Brasil. Com vistas a formar cidadãos conhecedores das interdisciplinaridades, isto é, da relação das ciências sociais, humanas, exatas, e a proporcionar ferramentas de estímulo cultural, ela, sobretudo, visa à construção de um cidadão crítico e conhecedor das diversas realidades sociais.

     É nesse sentido que o Centro de Ensino Fundamental 05 do Guará tem trabalhado. Desde 2010, com o embrião de um projeto promissor e de grande proporção, uma vez que tenciona abranger todos os alunos da escola, o CEF 05 amadureceu a experiência. Contamos hoje com um corpo de profissionais engajados na ideia de estimular os alunos ao conhecimento, à informação e à interação, prova disso são as oficinas que possuímos na grade da educação integral.

    Desde as minúcias e as técnicas empregadas na beleza de objetos de utilidade, proporcionado pelo artesanato, que, associado ao desconhecido termo da bricolagem, a qual estrutura em madeiras, matematicamente, as formas dos objetos, é possível dar ao aluno noções de estética, beleza, nas artes plásticas, do comprimento, na matemática, por exemplo.

     Passemos, em seguida, à culinária, que proporciona os quitutes, a curiosidade do fazer pela necessidade e pelo prazer de comer, a quantidade é contada nas receitas, assim, o discente passa a ter noção das proporções às quais se utiliza em um simples prato. E à oficina de horta, que ensina o aluno a cultivar o alimento, a sobreviver da riqueza da terra, daquilo que ela nos dá, sob a ética da educação ambiental.

    Tudo isso está associado ao reforço matemático, pela quantidade, pelas proporções contadas. O enigmático mundo dos números aqui é descoberto, com certas dificuldades, sabemos, mas com força, com pensamento, é possível facilmente desvendá-lo.

    Tudo dito até então precisa de uma leitura sem erros. “Nossa! Que língua difícil!”, dizem os alunos. Digo o contrário. Essa língua é minha, portanto é língua fácil, que utilizo a todo momento. Tem normas? Sim. Mas as situações adequam as minhas falas. Por meio desse pensamento, o reforço na língua mãe propicia a análise crítica dos discursos – afinal é o que todos vocês estão fazendo agora –, propicia, também, a leitura adequada, o encorajamento à formação de leitores, de cidadãos competentes a interpretar e influenciar o mundo ao seu redor, e não serem somente passivos às informações recebidas.

    Aliás, informações recebidas pelo mundo virtual, pela oficina de informática, que oportunizou aos alunos    quebrar fronteiras e limites. Sabemos que tudo está nas redes (facebook, twitter). A informação é de todos e pode ser apropriada por todos.

     A oficina de violão, por sua vez, emite as misteriosas notas musicais, doces, que embala os discentes em uma cultura de música. Não é fácil. É, por vezes, desafiador de habilidades e conhecimentos extraescolares. Logo, e por isso, a cultura deve, sim, ser sempre apresentada aos alunos, a música faz tal apresentação, mas também o teatro. Caras e bocas são feitas, é a representação do cotidiano. Nós somos os atores do mundo moderno e, assim, as ciências humanas e sociais, anteriormente citadas, são apresentadas. Exercita-se o corpo, por meio da expressividade corporal.

     Finalmente, no judô e no futsal exercitam-se as habilidades físicas. O judô é uma arte marcial, todos sabem, “as artes marciais vieram do oriente e eram praticadas com objetivo guerreiro ou como concepção de vida”. A escolha foi passar aos alunos uma concepção de vida, não de luta a ser praticada em brigas de rua. “O verdadeiro objetivo da aprendizagem desses movimentos” não pode ser mal compreendido, “afinal as lutas” também “apresentam a possibilidade de desenvolver o autocontrole, o respeito ao outro e a formação do caráter”. O futsal, em continuidade, ajuda na coordenação dos movimentos e na agilidade, no gosto pelo esporte tipicamente brasileiro, o futebol, embora seja uma modalidade um pouco distinta deste.

   É por tudo isso que nós do CEF 05 esperamos formar verdadeiros cidadãos, com conhecimentos e habilidades extras. Enfrentamos as dificuldades correntes do dia a dia e do sistema de educação, mas, digo, não são somente os muitos aspectos negativos, existem os positivos, que, muitas vezes, são obscurecidos.      

    Precisamos sim valorizar o professor, porque somente assim será possível construir uma educação justa, de qualidade e efetivamente integral.

 
Erick Pessôa Guilhon


NOSSOS MONITORES (2011)