quinta-feira, 27 de outubro de 2011

COM A PALAVRA A DIREÇÃO

Olá, queridos pais, professores e alunos 
Antes de iniciarmos o nosso bate papo, pedimos desculpas pelo silêncio da semana passada, silêncio este que me fez refletir muito nos últimos dias sobre a vida escolar dos nossos alunos e a participação dos pais nesse contexto. Na função de orientador educacional, na convivência diária com os alunos, tenho feito vários questionamentos de extrema relevância para o nosso trabalho como educador. O QUE ESTÁ ACONTECENDO NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA COM OS NOSSOS ALUNOS? 
Diante das mudanças ocorridas na sociedade, com tantas informações e avanços tecnológicos, é possível observar também uma inversão de papéis e valores, onde a família ganha uma nova configuração, a mulher conquista cada vez mais seu lugar no mercado de trabalho, a criança também muda e consequentemente o aluno e a escola. 

Os pais reagem diante dessas mudanças protegendo excessivamente seus filhos em vez de cultivar suas aptidões. Isto é uma realidade da família atual, como os pais passam pouco tempo com os filhos, à educação oferecida muitas vezes é repleta de proteção, e esta nova configuração de família acaba por atribuir à escola o papel de educar. A educação precisa acontecer no contexto familiar, é aí que os conceitos e valores são transmitidos de pais para filhos e a escola cabe ampliar essas ações iniciadas na família. 

A família, responsável pela educação e orientação de seus filhos, devem assumir o seu papel, além de oferecer amor e impor limites. São através de condutas, como a compreensão, o diálogo, o convívio e o respeito, que são transmitidos valores éticos sólidos, capazes de fazer com que a criança e o adolescente, ajustem seus comportamentos às exigências da vida dentro da coletividade e obedeçam a regras básicas de convivência.

A ausência da família é um dos principais fatores que contribuem para o baixo rendimento escolar. A participação dos pais na vida escolar dos seus filhos é de fundamental importância, se não decisiva, para um bom rendimento escolar. Nenhum outro fator tem tanto impacto para o progresso de um aluno quanto à interferência adequada da família.  Incentivar o filho a fazer as tarefas de casa e ir à escola todos os dias; comparecer às reuniões e eventos da escola são atitudes que fazem toda a diferença na vida dos nossos educandos. 

Outro fator preocupante é a falta de compromisso dos alunos no cumprimento das atividades escolares, prejudicando todo um projeto proposto pela escola. Hoje temos observado que a escola encontra uma série de dificuldades em exercer o seu verdadeiro papel, que é: 
  1.  Preparar o aluno para o mercado de trabalho e a formação plena do cidadão.
  2.  Mostrar caminhos que levem o aluno a concluir o ensino superior, buscando uma especialização.
  3.  Trabalhar a socialização, a criatividade e o senso crítico.
  4.  Reforçar os conceitos oriundos da família.
  5.  Conscientizar os alunos para as possíveis adversidades encontradas durante a sua vida escolar. 
Abraços e até a proxima! 
Andrelino  Silva Lima  - Orientador Educacional
Cléia Maria da Silva -  Professora







Um comentário:

  1. Gostei muito do texto do professor Andrelino. Ele conseguiu refletir exatamente o contexto em que os nossos alunos estão inseridos. Cada vez mais os pais delegam para a escola e para os professores a missão de educar os filhos. Nós professores somos responsáveis pela educação curricular, a formação de base é de exclusiva responsabilidade dos responsáveis. Infelizmente a família está desestruturada e isso reflete diretamente no comporatamento de nosso alunos. O alunos crescem sem limites e os pais estão perdidos nesse processo. É preciso fazer uma revolução no âmbito educacional, é preciso trazer a família pra dentro da escola, é preciso incentivar os professores. Ainda há tempo, o que falta é vontade política para transformarmos ética e moralmente a nossa sociedade.

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